quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Imprevistos

No último feriado - quem já acompanha o blog há algum tempo sabe - meus pais foram viajar para a casa da minha avó, que mora a quase quinhentos quilômetros daqui. É um passeio e tanto, sem dúvida, mesmo para quem já faz esse exato percurso há mais de vinte anos. A cada vez tem algo diferente, alguma coisa nova. E desta vez não foi exceção - embora a "surpresa" tenha sido um tanto quanto desagradável.

Não lembro se cheguei a comentar sobre isso aqui, mas de qualquer forma, falo de novo. Quando tinham acabado de passar da metade do caminho, na ida, o carro quebrou. Imagino que se tivesse sido mais perto daqui eles teriam voltado (como aliás nós fizemos uma vez, anos atrás), mas aonde estavam não tinham como fazer isso. O único caminho possível era consertarem o carro e continuarem - embora tenham chegado com pelo menos umas quatro ou cinco horas de atraso: quase o tempo da viagem quando feita sem problemas.

Muito bem, eles chegaram lá na sexta-feira à noite, passaram o final-de-semana por lá e voltaram na segunda-feira após o almoço. Mas antes que chegassem na metade do caminho, outra vez houve um problema no carrro. E desta vez, não tiveram como consertá-lo. O único jeito foi chamarem um guincho daqui da cidade para rebocá-los - um trajeto, de ida e volta, de quase novecentos quilômetros. Resultado: chegaram aqui à uma da manhã (quando o normal seria terem chegado mais ou menos às seis da tarde) e ainda tivemos que gastar uma fortuna com o reboque e o conserto do carro, acabando com os planos da minha mãe de comprar um geladeira nova no final do ano.

"Mas afinal, por que ele está contando tudo isso?", você deve estar se perguntando.

"Para mostrar que na vida, nem sempre as coisas saem do jeito que nós esperamos", respondo eu. Na verdade, se formos parar pra pensar, poderemos contar nos dedos as vezes em que sai tudo exatamente como planejado.

Se temos um evento pra ir, uma festa, show ou qualquer coisa que o valha, passamos a semana toda imaginando como vai ser, mas quando chega a hora - PIMBA! - acontece tudo exatamente diferente. Não significa que dê tudo errado, mas sai de um jeito que nós não havíamos previsto.

Outro exemplo: quando fazemos alguma coisa errada. Quem aqui nunca ficou pensando, quando criança, no que a mãe ia falar quando descobrisse que tinha quebrado o vaso favorito dela? E quantas vezes a reação da mãe foi alguma das dezenas de possibilidades imaginadas?

Assim, é impossível estarmos preparados para tudo, mas devemos estar prontos para enfrentar os imprevistos. Parece meio controverso? E pode ser. Mas imagine se um dia você acordar e descobrir que sua casa foi levada por um furacão para um país totalmente diferente. Ou se você for viajar de avião, se enganar e entrar num ônibus espacial com destino à Lua. Ou pior ainda: se você sair de casa no maior calor e de repente, começar a chover e a fazer frio.

É... não dá pra estarmos prontos para tudo. Mas existem algumas coisas que têm mais probabilidade de acontecerem do que outras. E se nos prepararmos para estas coisas, poderemos dormir, ao menos, um pouco mais tranquilos... de preferência com cobertores extras ao lado da cama para o caso de esfriar durante a noite!

Um comentário:

  1. DISCORDO DE UMA COISA, BRUNO


    MINHA MÃE NUNCA TEVE UMA ATITUDE DE SURPRESA, QUANDO FAZÍAMOS AS COISAS ERRADA.
    SEMPRE COM O CHINELO, TUDO ERA RESOLVIDO... AS VEZES MUDAVA O INSTRUMENTO... AO INVÉS DO CHINELO, UMA CINTA OU UMA VARA... ETC .
    MAS ERA SEMPRE ASSIM...
    TEMPINHO BOM FOI MINHA INFANCIA, POR MAIS QUE APANHAVA, DEPOIS DE UNS CINCO MINUTOS, JA ERA PASSADO...
    E VAMOS FAZER ARTE DE NOVO... HEHEHEH.
    TENHO MUITA SAUDADE DESTE TEMPO... OU SE TENHO...
    DEUS ABENÇOE A MINHA MÃE, EU SOU O QUE SOU HOJE, É QUE SEU CHINELO CANTOU NA HORA CERTA.
    D. ROSA EU TE AMOOOOOOOOO....

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