segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Idade das Trevas

A Idade das Trevas (no original, The Dark Age) é o oitavo episódio da segunda temporada de Buffy the Vampire Slayer. Um velho amigo de Giles aparece em Sunnydale apenas para morrer. É revelado que um demônio do passado sombrio de Giles está de volta para assombrar a ele e a Ethan Rayne.

Este é notavelmente o primeiro episódio em que os demais personagens tomam conhecimento do passado de Giles - para eles, até então, o bibliotecário/sentinela não passava de um inglês com manias que já seriam consideradas bregas até nos anos 1800. Nunca consideraram que ele pudesse ter tido uma juventude proveitosa. Ou uma juventude, na verdade. Ou mesmo uma infância.

Mas o que descobrem é que Giles foi a encarnação de um verdadeiro "rebelde sem causa" em seus anos de colégio. Além de roqueiro, tinha um grupo de amigos que costumavam utilizar magia para se divertir - mais ou menos como os outros jovens utilizavam drogas. Neste episódio em particular, é citada a possessão voluntária pelo demônio Eyghon, o Sonâmbulo, como uma das maiores "viagens" que já tinham experimentado. Infelizmente, numa dessas sessões, o demônio sai do controle e Giles e os outros são obrigados a matar o amigo possuído. Depois disso, o grupo se separa e cada um segue seu caminho. Giles, aparentemente "caindo na real", decide seguir seu destino no Conselho das Sentinelas. Tudo parecia ter acabado...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Satisfação

Vocês provavelmente conhecem o blog do Will Leite (se não conhecem, corram lá!), sem dúvida um dos melhores cartunistas de hoje. A tira abaixo foi publicada no dia 27 de janeiro, e retrata de forma bem-humorada uma realidade cruel dos dias de hoje:



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O rei e os peixinhos do lago

Nas vizinhanças do palácio do rei havia um pequeno lago onde viviam tranquilos muitos peixinhos.

Um dia, ao regressar de um passeio, o rei chamou um de seus auxiliares e disse-lhe:

- Tenho muita pena desses peixinhos que vivem tão modestamente no lago. É preciso que tenham mais espaço para nadar e mais liberdade para viver. Determino, pois, que todos eles sejam, amanhã, muito cedo, transportados para o grande rio que banha a cidade.

A ordem do rei foi rigorosamente obedecida. Todos os peixinhos foram retirados do lago e levados para o rio caudaloso que passava ao longe.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Algo pelo que cantar

"Algo pelo que cantar" (no original: Something to sing about) é uma das canções do episódio musical de Buffy the Vampire Slayer, Once More With Feeling.

Após se sacrificar para salvar o mundo no final da quinta temporada, Buffy é trazida de volta à vida por seus amigos, que temiam que ela estivesse presa em alguma dimensão infernal devido às circunstâncias de sua morte. O que ninguém poderia imaginar é que, na verdade, a Caçadora tinha sido levada para um plano superior, de paz e tranquilidade. O choque de ser arrancada de tal paraíso pelos próprios amigos - por mais que tivesse sido com a melhor das intenções - fez com que Buffy se afastasse da realidade. Embora aparentemente bem, tudo não passava de uma encenação, uma tentativa de que seus amigos não soubessem o que tinham feito realmente, o que os deixaria arrasados. Mas quando alguém inadvertidamente invoca um demônio que influencia as pessoas a cantarem seus segredos mais íntimos, toda essa farsa acaba ruindo.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Apanhando Macacos

Uma pequena história, mas só porque eu estou sem tempo de fazer um post original. Mas não se preocupem: há muitas outras histórias de onde esta veio!


Em certas regiões africanas usam os indígenas de um curioso artifício para apanhar macacos.

Amarram solidamente a uma árvore um saco de couro cheio de arroz, comida predileta dos símios.A boca desse saco, muito estreita, é do tamanho justo para só deixar passar a mão do animal; e este, se a fecha, prendendo entre os dedos um punhado de arroz, não pode mais retirá-la... Sem desconfiar da armadilha, o macaco voraz mete a mão no saco e agarra, com força, um punhado de seu manjar favorito. Ao verificar que a mãe está presa, faz caretas e agita-se, uiva, debate-se, retorce o corpo, em movimentos cada vez mais violentos. Mas todos os trejeitos e uivos são inúteis. O indígena aproxima-se e, com seu laço de couro, captura-o...

Como é tolo esse pobre macaco! Bastaria apenas, num gesto tão simples, abrir a mão e largar o arroz para recuperar a liberdade! Mas ele prefere o cativeiro e a morte, a renunciar a presa!

Toma cuidado, meu filho, que o desregrado amor ao dinheiro não te cative do mesmo modo e não te atire à prisão das mais negras paixões!

Não se pode viver sem dinheiro. De uma coisa porém não nos devemos esquecer: é de jamais sermos escravos do dinheiro. O dinheiro é que deve ser nosso servo. É ele mero instrumento, um meio apenas, não se devendo fazer dele um fim.

Assim, se não o deixares reinar como senhor em tua alma, o dinheiro pode ser para ti um bom servo. Aumentará os teus valores espirituais, dar-te-á o direito de primogênito dos filhos de Deus.

O amor desordenado às riquezas é o que se chama avareza. É avarento o que vive preocupado, exclusivamente, em amealhar mais dinheiro, e aumentar o seu pecúlio. A fortuna é, para o avarento, um fim, e não o meio de prover às necessidades da existência. É tal a sua paixão pelo dinheiro que se torna miserável, não só para os outros como para si próprio. O avaro não dá esmolas; nega o menor auxílio aos necessitados; priva-se, ele próprio, de tudo. Passa a vida a pão-duro. Quando precisa gastar, sente como se lhe arrancassem um naco da alma. É tipo ignóbil; nocivo à família, inútil à sociedade e prejudicial ao país. A economia é coisa inteiramente diversa. Consiste em regular os gastos pelos rendimentos, de sorte que aqueles não excedam a estes. Não é vício. É, antes, virtude preciosa, estímulo do trabalho e mãe da prosperidade.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os Três Obreiros

Três operários preparavam pedras para a construção de um grande templo.
Aproximei-me do primeiro e perguntei-lhe, fitando-o com simpatia:
- Que estais fazendo, meu amigo?
- Preparo pedras! - respondeu-me secamente.
Encaminhei-me para o segundo, e interroguei-o do mesmo modo.
- Trabalho pelo meu salário! - foi a resposta.
Dirigi-me, então, ao terceiro e fiz a mesma pergunta com que já havia interpelado os outros dois:
- Que estais fazendo, meu amigo?
O operário, fitando-me cheio de alegria, respondeu com entusiasmo:
- Pois não vê? Estou construindo uma catedral!
Reparem, meus amigos, no modo tão diverso como cada operário cumpria o seu dever. O primeiro desobrigava-se de uma tarefa para ele material e grosseira; o segundo não visava senão o dinheiro a receber pelo trabalho; e o terceiro contemplava o ideal.
Escravos seremos se, à semelhança do primeiro operário, limitarmos a nossa vida à luta diária.
Entre os ambiciosos nos incluiremos se contemplarmos somente o lucro imediato de nossos esforços.
Felizes serão, porém, aqueles que vivem, lutam e sofrem por um ideal.

(Do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan)

E você, jovem? Como encara a vida? 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O melhor prêmio

Já fazia um tempo que eu não postava nada do Ziraldo aqui, né? Bom, esta semana ele publicou a tira abaixo no blog e eu achei que seria interessante compartilhá-la com vocês. Basta clicar na imagem para vê-la no tamanho original.


Ultimamente tenho me questionado se não estou supervalorizando certas coisas e subvalorizando outras. Quero dizer, o que são tantos troféus e medalhas diante do maior prêmio que uma pessoa pode ganhar na vida: a amizade?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os Pequenos Sacrifícios

A vida é entremeada de sacrifícios. Fazemos sacrifícios o tempo todo. Às vezes, até sem perceber. Quando acordamos cedo, num dia chuvoso, para ir para a escola ou trabalhar, não deixa de ser um sacrifício que fazemos. Quando deixamos de ir a uma festa com os amigos porque temos uma prova na manhã seguinte, também é. Quando nossa mãe deixa de ir dormir para nos esperar chegar da rua, também é um sacrifício que ela faz - e nós podemos aqui fazer mais um, procurando chegar mais cedo para que ela possa descansar.

Sim, a vida é entremeada de sacrifícios. Uns maiores, outros menores. E aqui vem a questão: qual tipo de sacrifício é o mais difícil de se fazer?

Narra Sainte-Beuve a história de uma antiga abadessa muito dedicada à vida religiosa, que, afastada de seu cargo, não pôde decidir-se a deixar a chave de um jardinzinho, no qual seus privilégios anteriores lhe davam direito de entrar. É muito fácil guardar a chave de um jardim, mas custa tanto, às vezes, desfazer-se dela!

Pensem bem: o que seria mais difícil para uma pessoa viciada em chocolate, por exemplo: ficar apenas um dia em jejum, sem comer nada, ou permanecer uma semana comendo tudo o que quiser, exceto chocolate? Obviamente que a segunda opção seria a mais difícil, muito embora represente um sacrifício visivelmente menor.

Outro exemplo: uma pessoa que mora sozinha e não tem empregada. Como seria melhor ela fazer para limpar a casa? Esperando que se acumulasse sujeira por um mês e depois fazer uma faxina geral; ou todos os dias dar uma varrida, espanar os móveis, recolher o lixo? A primeira opção claramente indica um trabalho maior, embora a segunda indique um sacrifício mais complicado, ainda mais se levarmos em conta que essa pessoa, morando sozinha, não teria tanto tempo livre todos os dias. Ainda teria que abrir mão das poucas horas de folga para arrumar a casa.

Como se vê, por incrível que pareça, os grandes sacrifícios fazemo-los facilmente - com uma facilidade, já se vê, relativa - mas os pequenos, esses custam-nos enormemente.

Parecemo-nos àquele menino que tem o armário cheio de brinquedos e, convidado a dar alguns aos pobrezinhos, acha que os brinquedos que lhe pedem são precisamente aqueles a que está mais apegado. Ou àquele outro a quem a mãe ensina as orações, e chegando a esta passagem: "Meu Deus, dou-vos tudo o que possuo", para e acrescenta em voz baixa: "exceto o meu coelhinho". Ou, ainda, àquela senhora que é capaz de subir de joelhos até o Cristo Redentor, mas não é capaz de parar de bisbilhotar a vida das vizinhas.

Mas uma coisa a se notar a respeito dos pequenos sacrifícios é que eles geralmente produzem frutos mais duradouros do que os grandes. Autocontrole, responsabilidade, desapego, respeito: esses seriam os frutos produzidos pelos pequenos sacrifícios dos exemplos acima.

Não estou dizendo que os grandes sacrifícios sejam ruins, ou inúteis; ao contrário, são bons e às vezes até necessários. Mas de que servirão, se não mudarem a nossa vida?

(Baseado em reflexão do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Descansar em paz

Descansar em Paz (no original: Rest in Peace) é uma das músicas do episódio especial Once More, With Feeling, da sexta temporada de Buffy the Vampire Slayer. É uma declaração de Spike para Buffy. Segue o vídeo e a letra da canção:

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dança de Avivamento

Juro que tentei fazer um post hoje, mas realmente não tive tempo. Mas amanhã, eu prometo que me esforço mais! Pra não deixar o blog desatualizado, um vídeo que eu fiz no ano passado, com uma música do meu cantor favorito: Dança de Avivamento, do Diego Fernandes. Enjoy it!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Hoje e o Amanhã

Era uma vez um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura. Ele tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidado constante de sua mãe.

Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos de sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza.

Foi amor à primeira vista.

Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pausa

Recentemente, comecei a assistir uma famosa série norte-americana. Talvez você já tenha ouvido falar dela: How I met your mother (traduzindo: Como eu conheci sua mãe). Caso não conheça, aqui vai um pequeno resumo:

A série conta a história de Ted, um cara que decide que é hora de encontrar o grande amor de sua vida após seus melhores amigos, Marshall e Lily, ficarem noivos. Os episódios são narrados do ponto de vista do próprio Ted, que trinta anos no futuro, conta a seus filhos as peripécias pelas quais ele passou antes de encontrar a mãe deles.

Outros personagens da série são Barney, amigo de Ted, um cara extremamente mulherengo, que sempre possui cantadas infalíveis para seduzir as garotas; e Robin, uma jovem jornalista que se torna a grande obsessão de Ted na primeira temporada. Para Ted, ele e Robin simplesmente precisam ficar juntos - embora todas as suas tentativas tenham terminado mal, e os dois possuam visões bem diferentes do que querem: enquanto Robin busca apenas algo casual, Ted está determinado a encontrar alguém para se casar. Mas não é sobre eles que eu quero falar aqui. Hoje eu quero falar sobre Lily e Marshall.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fim dos Tempos

Acalmem-se, voltem aqui! Isto não é mais um post inútil sobre a suposta aproximação do apocalipse em 2012. Na verdade, se algumas pessoas responsáveis pela tradução de títulos de filmes no Brasil tivessem um pouco mais de bom-senso, este post nem teria qualquer relação com o assunto. Isso porque o nome original do filme sobre o qual eu vou falar aqui se traduziria como "O Acontecimento" (no original: The Happening). E acreditem, esse título cairia muito melhor, tanto para o filme quanto para este post.

Se você é esperto, já percebeu que eu estou falando do filme de 2008 de M. Night Shyamalan, o mesmo diretor de O Sexto Sentido, cujo filme tratado aqui é certamente menos sobre um "fim dos tempos" e mais sobre um "fim de carreira". Sério mesmo, como é possível que um cara que nos presenteou com uma história surpreendente, cenas marcantes e um final totalmente inesperado pode produzir um lixo como este? Me desculpem aos que gostaram do filme (existe alguém assim?), mas Fim dos Tempos deveria fazer jus à própria trama e se jogar do alto de um prédio antes de ser assistido por mais alguém.


Caso já tenha assistido (meu pêsames!), pode pular a próxima parte, mas caso ainda não tenha tido a chance, não perca duas horas de sua vida e leia a seguir um resumo da história (contém spoilers, mas eles serão o menor de seus problemas caso resolva assistir):

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Louvores a Deus

Como é de costume, uma história para nossa reflexão. Enjoy it!


O viajante que deixa a velha cidade de Sanna, no Sul da Arábia, em direitura ao pitoresco oásis de Beik, pode seguir dois caminhos ou um atalho.

Era exatamente por esse atalho que o prudente Azer Nejm seguia, ao pardejar da tarde, quando avistou o seu dedicado amigo Nascif Buazar, o carpinteiro do rei.

Nascif ia andando vagaroso, a cabeça baixa e o semblante denotava que negros pensamentos envenenavam o seu conturbado espírito.

Vendo-o assim tão apreensivo, Azer Nejm não se conteve e indagou qual era a causa daquele desgosto.

- Uma desgraça, meu amigo - lamentou Nascif com voz sucumbida, quase soluçante. - Uma verdadeira desgraça! Imagine você que o rei Assad encomendou-me um pequeno armário onde ele pudesse conservar os duzentos turbantes de sua coleção. Trabalhei na peça cerca de oito dias e mandei, afinal, levá-la aos aposentos do rei. Por um lamentável descuido de minha parte o tal armário tinha um defeito na armação e depois de colocado pelos servos e arrumado pelas escravas partiu-se em dois pedaços espalhando pelo chão os ricos turbantes do rei. Enfureceu-se o monarca com o caso, que afinal não tinha a menor importância, e resolveu que eu fosse impiedosamente castigado.

- E qual foi o castigo? - indagou Nejm vivamente interessado.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Movendo os móveis

Uma das experiências mais surreais por que eu passei no final do último ano foi me desfazer de um companheiro que estava comigo desde... bem, quase desde que eu me lembre. Sim, no mês passado, após anos e anos e anos (e mais alguns anos), eu finalmente troquei meu guarda-roupa. Não apenas isso; adquiri também um armário para guardar meus livros e revistas, algo que eu já vinha pensando há algum tempo. Com isso, eu descobri três coisas:
  1. Escolher um guarda-roupa novo é mais difícil do que parece (a menos que você reduza as opções a apenas duas e tire cara ou coroa entre elas);
  2. Preciso de mais um armário para guardar meus livros e revistas, pois só aquele quase não foi suficiente;
  3. Às vezes, por mais que estejamos acostumados ao antigo, é necessário mudar para que algo novo possa vir.
Existem situações em que sentimos a necessidade da mudança. Em que percebemos que, do jeito que nossa vida está, não é possível continuar. E aí vamos atrás da mudança que queremos ver. Mas muitas vezes, torna-se algo tão difícil que desistimos e, quando percebemos, estamos de volta à estaca zero. Afinal, de onde vem toda a dificuldade?

A dificuldade vem do fato de que queremos apenas coisas novas, sem abandonar as antigas. Mas da mesma forma que, quando compramos um móvel novo, temos que nos desfazer do móvel antigo, também precisamos "abrir espaço" dentro de nós se quisermos receber uma nova vida. E como abrimos esse espaço? Nos desfazendo daquilo que é velho. E isso é uma das coisas mais difíceis e trabalhosas pelas quais podemos passar.

Já dizia o sábio que "velhos hábitos são difíceis de abandonar". Isso é verdade. E a dificuldade aumenta na mesma proporção em que nós tomamos consciência da necessidade de mudar. Como se fosse um cachorrinho que nos seguiu até o nosso apartamento e, quanto mais insistimos em tentar nos desfazer dele, mais ele se mostra a coisa mais fofa do mundo, apenas para que mudemos de ideia.

Sim, é difícil abandonar velhos hábitos, velhas ideias, velhas crenças. Mas é necessário, se quisermos realmente mudar. Ou fazemos isso, ou ficaremos em cima do muro, indecisos entre o velho e o novo. E uma coisa interessante a respeito dos muros é que, quando menos se espera, você pode cair lá de cima. Se isso acontecer, apenas reze para que não seja do lado das coisas velhas.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Epifanias

Não se trata aqui da festa da Epifania do Senhor, comemorada ontem pela Igreja Católica e que celebra a revelação de Jesus Cristo à humanidade. Segundo a Wikipédia:

Epifania é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do afeto de alguém. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa". O termo é aplicado quando um pensamento inspirado e iluminante acontece, que parece ser divino em natureza (este é o uso em língua inglesa, principalmente, como na expressão I just had an epiphany, o que indica que ocorreu um pensamento, naquele instante, que foi considerado único e inspirador, de uma natureza quase sobrenatural).

Nesse sentido, foi um final de ano de epifanias para mim. A última semana, em particular, foi repleta delas. Na quinta-feira, recebemos a notícia de que um amigo nosso tinha morrido. Passando o Reveillon na chácara da família, no estado de São Paulo, Renan Fakeiti acabou se afogando. E esta foi a minha primeira epifania.

Nunca antes eu tinha passado por algo assim. Embora não fôssemos exatamente próximos um do outro, eu ainda o considerava um bom amigo. E perdê-lo assim, de repente, me fez perceber o quanto eu preciso valorizar mais aqueles que eu amo, pois nem sempre eles estarão por perto. É, eu sei que pode parecer um pensamento meio clichê, mas acreditem: a gente nunca o leva realmente a sério até que sintamos na pele o que ele significa.