segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Raika


A cachorra grande, à esquerda da foto, é a nossa cadela de estimação, Raika. Ou melhor, era. No último sábado, 25 de dezembro, dia de Natal, ela deixou de ser. Foi embora. Esticou as canelas. Tornou-se uma ex-cachorra. Abandonou esta vida e foi para aquele grande canil no Céu. Ok, esta última parte não é exatamente verdadeira (não pelo que eu acredito), mas as outras aconteceram mesmo.

Ela estava conosco há quase dez anos, desde que nos mudamos de Bebedouro para cá. E em todo esse tempo, foi um animal de estimação maravilhoso. Nunca deu trabalho, nunca ficou doente, comia qualquer ração... Era animada, brincalhona, não latia à toa, mas assustava qualquer estranho que parasse em frente ao portão de casa.

No sábado de manhã, eu estava com meu pai na cozinha, quando a ouvimos chorar no quintal. O choro se transformou em uivo, e minha mãe, que estava na sala, gritou: "Ela está morrendo!" Corremos para ver o que acontecia. Quando cheguei, ainda tive tempo de vê-la dando seu último suspiro.

É verdade que não foi a primeira vez que perdemos um animal de estimação. Mas foi a primeira vez que eu presenciei algo assim. Ela não estava doente, não tinha nenhum problema. Foi repentino, como um enfarte. Ou infarto, sei lá. Num minuto ela estava viva e bem; no minuto seguinte, com um uivo, ela simplesmente desapareceu da existência. Restou apenas o corpo no lugar. E minha mãe chorando, com razão, por ter perdido assim, de uma hora para outra, uma grande companheira.

Este post é uma homenagem, mais que merecida, a essa nossa grande amiga. Sei que não vai mudar nada; que a vida continua e que de nada adianta ficar repensando o passado. Mas achei que seria bom registrar isto, apenas para me lembrar das coisas boas que passamos juntos. No final, isso é tudo o que importa.

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